RITOS INICIAIS
O sacerdote ou diácono que celebrará esse rito esteja ornado de vestes litúrgicas apropriadas. Somente a estola, na cor dourada, é suficiente ao presbítero. Aos diáconos, o uso da dalmática é exigido.
Os noivos escolham um casal de padrinhos cada um, estes se colocam no presbitério e aguardam o início da celebração.
Sejam preparados aos noivos dois assentos especiais à frente da cátedra, para que se sentem.
O celebrante saúda o altar com uma reverência profunda. Em seguida, dirige-se à cátedra, de onde prossegue:
Celebrante: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!
Todos: Amém.
Celebrante: A Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a Comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
O celebrante convida todos os presentes a se sentarem, com exceção dos noivos. Em seguida, profere as palavras de acolhida:
Celebrante: N. e N., a Igreja participa da vossa alegria e vos recebe de coração, assim como a vossos pais, parentes e amigos, neste dia em que, diante de Deus, nosso Pai, ireis firmar entre vós uma aliança para toda a vida. Que o Senhor vos ouça nesse dia de tanta felicidade e vos mande o auxílio celeste, conservando-vos assim por muito tempo; que Ele vos conceda muitas graças, segundo o vosso coração, e realize todas as vossas aspirações.
Todos: Amém.
Em seguida, o celebrante abre os braços e profere a seguinte oração:
Celebrante: Oremos.
Celebrante: Atendei, Senhor, as nossas súplicas, derramai, benignamente, a vossa graça sobre os vossos servos N. e N., que hoje se unem em matrimônio junto do vosso altar, e confirmai-os no amor fiel e santo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos: Amém.
LITURGIA DA PALAVRA
A assembleia, os noivos, o celebrante e os concelebrantes se sentam para ouvir uma leitura.
Um leitor designado vai ao ambão para proclamar a leitura.
Leitor: Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
Leitor: Irmãos, caminhai na caridade a exemplo de Cristo, que nos amou e se entregou por nós. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. Ele quis santificá-la, purificando-a no batismo da água pela palavra da vida, para apresentar a si mesmo como Igreja cheia de glória, sem mancha nem ruga, nem coisa alguma semelhante, mas santa e imaculada. Assim devem os maridos amarem as suas mulheres, como os seus corpos. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Ninguém, de fato, odiou jamais o seu corpo, antes o alimenta e lhe presta cuidados, como Cristo à Igreja; porque nós somos membros do seu Corpo. Por isso, o homem deixará pai e mãe, para se unir à sua mulher, e serão dois numa só carne. É grande este mistério, digo-o em relação à Cristo e à Igreja.
O leitor designado conclui a leitura com as seguintes palavras:
Leitor: Palavra do Senhor.
Todos: Graças a Deus!
O leitor designado beija o lecionário e retorna à sua cadeira.
A assembleia se senta, juntamente com os noivos e padrinhos.
HOMILIA
Nesse momento, o celebrante pode instruir os noivos numa breve homilia, explicando a Palavra de Deus para a edificação do lar cristão que está sendo fundado nessa celebração. Logo em seguida, dá-se início ao Rito Sacramental.
RITO SACRAMENTAL
Os noivos ficam de pé, na frente do celebrante, para a celebração do rito do matrimônio.
O celebrante prossegue com as seguintes palavras:
Celebrante: Caros noivos N. e N., viestes a este templo para que, na presença deste ministro da Igreja e da comunidade cristã, a vossa decisão de contrair matrimônio seja marcada por Cristo com um sinal sagrado. Cristo abençoa com generosidade o vosso amor conjugal. Já vos tendo consagrado pelo Batismo, vai enriquecer e fortalecer-vos agora com o sacramento do Matrimônio, para que sejais fiéis um ao outro por toda a vida e possais assumir todos os deveres do matrimônio.
DIÁLOGO
O celebrante fará aos noivos uma série de questionamentos, das quais eles deverão consentir para firmarem o laço matrimonial.
Celebrante: N. e N., viestes aqui para unir-vos em matrimônio. Por isso, eu vos pergunto perante a Igreja: é de livre e espontânea vontade que o fazeis?
Noivos: Sim.
Celebrante: Abraçando o Matrimônio, ides prometer amor e fidelidade um ao outro. É por toda a vida que o prometeis?
Noivos: Sim.
Celebrante: Estais dispostos a receber com amor os filhos que Deus vos confiar, educando-os na lei de Cristo e da Igreja?
Noivos: Sim.
CONSENTIMENTO
Celebrante: Agora, convido vocês, caros noivos N. e N., a se darem as mãos e firmarem a sagrada aliança do Matrimônio, manifestando publicamente o seu consentimento.
Os noivos dão as mãos um ao outro para firmarem o laço sagrado.
A seguir, fazem as promessas matrimoniais conforme abaixo:
Noivo: Eu, N., te recebo N., por minha esposa e te prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, todos os dias da nossa vida.
Noiva: Eu, N., te recebo N., por meu esposo e te prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, todos os dias de nossa vida.
Ou então, o celebrante pode questionar os noivos individualmente sobre seus votos, ao qual devem consentir individualmente:
Celebrante: N., aceitas N. como tua legítima esposa, para amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?
Noivo: Aceito.
Celebrante: N., aceitas N. como teu legítimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?
Noiva: Aceito.
Em ambos os casos, o celebrante prossegue:
Celebrante: O Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó, o Deus que abençoou os nossos primeiros pais no paraíso confirme e abençoe em Cristo este compromisso que manifestastes perante a Igreja. Ninguém separe o que Deus uniu!
O celebrante conclui o consentimento com a seguinte saudação:
Celebrante: Bendigamos ao Senhor.
Todos: Graças a Deus.
BÊNÇÃO E ENTREGA DAS ALIANÇAS
Nesse momento, os padrinhos e madrinhas se aproximam dos noivos portando as alianças que o casal usará para ser símbolo de sua união matrimonial.
O celebrante, se for bispo, reveste-se da mitra. O celebrante, então, prossegue com a bênção das aliança:
Celebrante: A nossa proteção está no nome do Senhor.
Todos: Que fez o céu e a terra.
Celebrante: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.
O celebrante abre os braços e diz a seguinte oração:
Celebrante: Ó Deus, que fizestes várias alianças com os homens através de Noé, Abraão, Moisés, prometendo-lhes proteção carinhosa e dando-lhes a missão de formar, no vosso amor, o vosso povo, para o nascimento do vosso Filho, Jesus Cristo, abençoai agora estas alianças que N. e N. vão usar. Fazei que elas sejam o sinal da promessa mútua de proteção, fidelidade e amor, e uma lembrança contínua da missão que receberam de vós de preparar um ambiente humano e cristão para testemunhar a vossa presença no mundo.
Todos: Amém.
O celebrante recebe de um auxiliar a caldeira com água benta e o hissopo, em seguida, asperge as alianças com água benta.
Se for bispo, o celebrante depõe a mitra.
Os padrinhos e madrinhas se afastam e voltam aos seus assentos.
O esposo coloca a aliança no dedo anular da esposa, dizendo:
Noivo: N., recebe esta aliança em sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A esposa, então, coloca a aliança no dedo anular do esposo, dizendo:
Noiva: N., recebe esta aliança em sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
O celebrante então apresenta os recém-casados à assembleia, pedindo que os noivos selem o matrimônio com um beijo:
Celebrante: O noivo já pode beijar a noiva.
Os noivos se beijam, mantendo o decoro.
BÊNÇÃO NUPCIAL
Os esposos se ajoelham diante do celebrante que, de braços abertos, prossegue com a bênção nupcial:
Celebrante: Oh Deus, que criando o homem à vossa imagem, homem e mulher os criastes para que, unidos num só coração e numa só carne, cumprissem na terra a sua missão. Abençoai agora estes vossos filhos, estendendo sobre eles vossa mão protetora. Concedei a N. e N. que, pelo sacramento do matrimônio, comuniquem um ao outro os dons do vosso amor e, sendo um para o outro um sinal da vossa presença, se tornem um só coração e uma só carne. Concedei-lhes também que sustentem com seu trabalho o lar hoje fundado, e eduquem seus filhos segundo o Evangelho, a fim de participarem, no céu, da vossa família. Dignai-vos derramar vossas bênçãos sobre esta vossa filha N., para que, cumprindo a missão de esposa e mãe, aqueça o lar com sua ternura e o adorne com sua graça. Acompanhai também, com vossa bênção, este vosso filho N., para que cumpra com fidelidade e solicitude os deveres de esposo. Enfim, oh Pai celeste, concedei a N. e N., que hoje se uniram em vossa presença, a graça de participarem um dia do banquete do céu.
O celebrante une as mãos e conclui, da seguinte forma:
Celebrante: Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
Os noivos se levantam.
BÊNÇÃO FINAL
O celebrante, se for bispo, coloca a mitra. O celebrante então estende as mãos para o povo e prossegue:
Celebrante: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.
Traçando o sinal da cruz com a mão direita, continua:
Celebrante: A todos vós aqui reunidos, abençoe-vos o Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo.
Todos: Amém.
O celebrante, por fim, despede o povo, dizendo:
Celebrante: Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
Todos: Graças a Deus.
Terminada a celebração, os noivos, os padrinhos, o celebrante e os auxiliares se retiram para a sacristia, onde assinarão a ata do Matrimônio.